quarta-feira, 23 de março de 2011

LINKS INTERESSANTES

Links úteis para Educadores, Pesquisadores, Estudantes e Voluntários

ANPED - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação -


http://www.anped.org.br


FME (WEF) - Fórum Mundial de Educação (World Education Forum) -


http://www.forummundialeducacao.org
MAB - Movimento de Adolecentes Brasileiros


- http://www.mab-online.com.br


MEC - Ministério da Educação -

http://www.mec.gov.br

COTIDIANO ESCOLAR


BULLYING - BRINCADEIRA SEM GRAÇA

BRINCADEIRA SEM GRAÇA

Vera Lúcia de Oliveira Simões

Professora do Sistema Municipal de Ensino de Vitória

Bullying???

Saiba o que é o bullying e como descobrir se seu filho ou filha está sendo alvo das brincadeiras de mau gosto na escola.

O QUE É?

Bully, no inglês, significa “valentão” ou “tirano”. A Expressão bullying não tem uma tradução exata para o português. É toda agressão feita repetidas vezes com a intenção de machucar e ofender outra pessoa ou até uma turma inteira: colocar apelidos cruéis ou constrangedores, insultar, ridicularizar ou intimidar um colega em público, promovendo seu isolamento. A violência pode ir além e resultar em ameaças e até agressões.

SINAIS DE QUEM É VÍTIMA

· Demonstra falta de vontade de ir à escola;

· Sentir-se mal perto da hora de sair de casa;

· Pedir para trocar de escola;

· Revelar medo de ir ou voltar da escola;

· Pedir sempre para ser levado à escola;

· Mudar freqüentemente o trajeto entre a casa e a escola;

· Apresentar baixo rendimento escolar;

· Voltar da escola, repetidamente com roupas ou livros rasgados;

· Chegar muitas vezes em casa com machucados inexplicáveis;

· Tornar-se uma pessoa fechada, arredia;

· Parecer angustiado, ansioso, deprimido;

· Apresentar manifestações de baixa auto-estima;

· Ter pesadelos freqüentes, chegando a gritar “socorro” ou “me deixa” durante o sono;

· “Perder”, repetidas vezes, seus pertences, seu dinheiro;

· Pedir sempre mais dinheiro ou começar a tirar dinheiro da família;

· Evitar falar sobre o que está acontecendo, ou dar desculpas pouco convincentes para tudo;

· Tentar ou cometer suicídio.

QUEM É O AGRESSOR

· É o tipo de criança/adolescente que espera que todos façam a sua vontade;

· Gosta de experimentar sensação de poder;

· Sofre intimidações ou é tratado como bode expiatório em sua casa;

· Já foi vítima de algum tipo de abuso;

· É freqüentemente humilhado por adultos;

· Vive sob constante pressão para que tenha sucesso em suas atividades;

· É irritado, impulsivo e intolerante;

· Lida mal com as frustrações;

· Envolve-se em discussões e desentendimentos;

· Pega pertences dos colegas, sem o consentimento.

COMO AGIR?

· Se suspeitar que seu/sua filho/filha está sofrendo bullying, pergunte diretamente a ele/ela;

· Fique atento aos possíveis sinais e sintomas;

· Faça um registro diário dos incidentes;

· Afirme com confiança, quantas vezes for necessário, que você ama seu/sua filho/filha e que ele/ela não é culpada por sofrer bullying;

· Não concorde com o pedido de manter o bullying em segredo;

· Converse com a Direção ou com professores se o bullying estiver acontecendo na escola;

· Ajude seu/sua filho/filha a praticar estratégias de defesa, com gritar “não” e retirar-se do local com confiança;

· Dê a seu/sua filho/filha chance de expressar seus sentimentos sobre o problema;

· Reúna-se com outros pais e discutam o que pode ser feito para cessar o bullying;

· Crie condições para encontrar-se com seu/sua filho/filha, caso o bullying ocorra a caminho da escola;

· Peça para que o(s) autor(es) seja(m) retido(s) na escola para que seu/sua filho/filha tenha a chance de chegar em casa em segurança;

· Verifique se seu/sua filho/filha está tendo atitudes que provoquem a ira do/a autor/a;

· Incentive seu/sua filho/filha a convidar colegas para ir à sua casa, criando novas amizades;

· Se precisar de ajuda, entre em contato com profissionais ou instituições especializadas.

Considerações Finais

A cada dia, nós conseguimos inventar uma moda mais sofisticada e com aparência de seriedade teórica para responsabilizar, cada vez um pouco mais, a geração dos mais novos pelos conflitos e confrontos da convivência humana desde muito cedo. O caso do "bullying" é um exemplo típico de como estamos desertando de nosso papel de iniciar os mais novos nas relações humanas. Estamos abandonando-os à própria sorte.

Esse fenômeno do "bullying" não é nenhuma novidade. Todos sabem do que crianças e jovens são capazes _alguns falam até em crueldade infantil. Acontece que eles olham apenas para si e não têm idéia ainda de que seus atos podem atingir o outro. São inconseqüentes porque ainda não refletem sobre a responsabilidade de seus atos, palavras, condutas. Não conseguem ainda se colocar no lugar do outro.

E é exatamente por isso que os adultos precisam fazer a iniciação dos mais novos na vida em grupo (papel importante da família) e na vida civil (papel notadamente da escola) para, entre outras coisas, mantê-las. E isso exige implicação, compromisso.

Ocorre que temos preferido nos comprometer conosco mais que com qualquer outra coisa. Estamos nos desresponsabilizando pelos fatos que têm ocorrido com nossos filhos e alunos. É por isso que dizemos, entre outras coisas, que as crianças e os jovens de hoje não têm limites. Parece que ter ou não ter limites tem a ver apenas com eles, não supõe a relação com um outro, em geral adulto.

O "bullying" ocorre com tanta freqüência porque os adultos responsáveis pelas crianças e jovens estão ausentes dessa relação.

Sendo assim, fique atento principalmente quanto às mudanças comportamentais dos seus filhos, sobrinhos, irmãos ou qualquer criança com a qual você convive. O "bullying" pode estar muito mais próximo do que você imagina. Vera Simões

PRIMEIRA TAREFA

Atendendo à solicitação do professor Jô Name, da Disciplina Realização de Projetos II.